Recentemente fui convidado para participar do Hey Ho Let’s Grow, um podcast bem bacana produzido pelo pessoal da Darwin Startups que conta histórias e aprendizados de grandes empreendedores.
Começamos falando um pouco da minha trajetória profissional, as primeiras experiências como empreendedor, sobre minha chegada à Florianópolis e os primeiros contatos com as startups que estavam surgindo por aqui.
Relembrei o nascimento do Startup SC – onde atuo como mentor desde a primeira edição – uma iniciativa que tem contribuído enormemente na evolução e fortalecimento do ecossistema de startups catarinense e das novas gerações de empreendedores.
“Nós estamos fechando um primeiro ciclo de empresas que cresceram, ganharam mercado, ganharam tração, tamanho, e uma parte delas começam a ter saída, iniciando um novo ciclo de novos negócios”.
Conversamos também sobre as experiências como advisor e investidor anjo, e os aprendizados em vendas de empresas, passos que me levaram à criação da Questum, a primeira empresa M&A para startups do Brasil.
Em seguida, o assunto foi, claro, M&A e estratégias de saída. Fiz uma análise geral dos históricos de negociações no Brasil, e de como o mercado opera hoje e as peculiaridades específicas das startups.
“Cada vez mais, temos ótimos players nas várias milhas anteriores, aceleradoras, VCs, anjos, mas, nessa última milha da jornada, também precisamos ter empresas especializadas – e a nossa ideia com a Questum é se especializar nesta última milha, ajudar nesta última fase, preparar uma estratégia, arrumar a casa e fazer escolhas que permitam a parte mais legal do jogo, que é a parte da saída e de receber o dinheiro”.
Sobre Early Exits, reforcei que não é uma questão de buscarmos saídas prematuras, ou antecipadas, como o termo pode deixar a entender. Explico que o conceito, introduzido por Basil Peters em seu livro “Early Exits: Exit Strategies for Entrepreneurs and Angel Investors, na realidade nos fala sobre uma condição de saída real, onde consideramos uma faixa de preço que tenhamos compradores dispostos a comprar. Sendo assim, buscamos, então, as saídas possíveis, com as maiores probabilidades: aquelas que geram maior valor e evitam um valuation que tenha menos liquidez.
“Acho que tem muito espaço para: primeiro ter um plano de saída, não ir andando a esmo. Não antecipado, mas um plano realista, olhando para o que acontece, para outras transações, para o mercado: que tamanho de transações acontecem, como a gente se prepara para chamar a atenção de compradores e tem a casa organizada para poder ter liquidez.”
Esse é pensamento que temos provocado na Questum. Agradeço à Darwin pelo convite e fica minha sugestão para você ouvir o podcast na íntegra: